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O sorriso dela

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intro-logo
Blurb

Este livro conta sobre a vida de Anna Mendonça, uma garota de família rica e de renome na cidade, que ao conhecer Jonas, um rapaz pobre na universidade, ambos tornam-se inimigos por terem idéias e opiniões diferentes sobre questões políticas, vida social e outros assuntos polêmicos.

Ao ser desafiada por Jonas, para tentar viver pelo menos 30 dias na sua condição financeira em uma das piores favela do rio de janeiro. Anna se depara com inúmeras dificuldades, percebendo que o sistema não privelegia a todos comigo ela sempre acreditou, nesse contraponto, entre esses.dois cresce uma amizade e aos evolui para uma intensa paixão.

Que logo é ameaçada por todo o poder e a ambição dos pais de Anna, que o descobrir que sua filha esta envolvida com um rapaz pobre morado de favela, consegue inúmeros flagrante para conseguir incriminando-o e por fim afastando de sua preciosa filha, que o descobrir a verdade, já esta de compromisso firmado com um jovem ambicioso que se aproveita da situação para enriquecer as custas de um casamento com a herdeira dos Mendonça.

Anos passam, Anna infeliz com seu casamento sofrendo com seu esposo, um homem frio, oportunista. Enquanto Jonas conseguiu terminar a faculdade de economia com alguns anos de atraso, o casal se reencontram revivendo todas as lembranças do passado.

Mas será que esse amor resistirá as armações que colocarão para se separarem, Anna consegue confiar no seu amor e abre mão de tudo para viver ao seu lado?

Enquanto Jonas conseguiram sobreviver aos traumas do passado e construir seu presente ao lado da mulher que ama?

De qual lado você vai ficar?

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Cap I- Aprovado na faculdade
Todos na casa dos Silva estavam felizes comemorando a aprovação de Jonas da Silva, que acabou de ser aprovado no curso de economia. Sua mãe Vera, era a mais feliz de todos os presentes, criar um filho sozinha sem a presença do pai, era difícil, ainda mais num dos morros mais m*l visto da cidade. Todos os estrangeiros, adorava a cidade maravilhosa, cheia de encantos, o cristo redentor, o pão de açúcar, Copacabana Mas ninguém, necessariamente ninguém queria visita as favelas, e o Complexo do caju já foi um bairro nobre, mas agora era mais favela que as próprias favelas. E o Jonas cresceu nas quebradas do morro, indo e vindo de bicicleta, jogando sua pelada no final da tarde, banho de mangueira quando o sol esquentava demais. Certo que havia o trafico que se tornava cada vez mais forte, e pesado na área, mas quem do crime era, e quem não era, não se importava, como sua mãe, Jonas aprendeu as coisas da vida cedo. Leva uma quentinha para a tia que fazia os tangos, vender geladinho no período das férias, e até mesmo cachorro quente as noites para completar a renda de casa. Como todo filho sem pai, em casa, as 10 anos de idade lhe foi dada a responsabilidade do homem da casa, e como toda mãe que sonha com o melhor para seu filho, bastava apenas um colega estranho se aproximar de Jonas, que logo ouvia-se a dona Vera, fechar na porta da rua. - Não quero filho meu dando pra vagabundo não!- Poderia até soar errado, mas quem era do bairro já sabia, tudo que a dona Vera não queria era que seu filho, se torna marginal, traficante ou usuário, como diziam os vizinhos. E com todo esforço e sacrifício da mãe para que nunca faltasse nada em casa, Jonas conseguiu estudar até mesmo as noites de festas e feriados, conseguindo passar no vestibular de economia, tudo bem que não era o que ele sonhava, queria comida todo menino sonhador, ser jogador de futebol. Mas do começo da ladeira, ouvia-se o velho Raimundo ( o treinador profissional do flamengo) falar. - Vão estudar, futebol não da dinheiro! - Hum não da dinheiro, não da dinheiro uma p***a, e porque ele ainda ta nisso? Hoje é até treinador profissional, a casa dele é a melhor do bairro-. - Jonas ouvia seus amigos reclamam após mais uma vez ser colocados para fora do campo. Mas quem era ele, para reclamar de alguma coisa, o filho sem pai da pobre dona Vera, comedor de farinha com café, e quando os dias era de luxo, trocava a farinha por poca-zoi, a famosa bolacha de coco. Uma vez ou outra, comia-se cuscuz com coco ralado. Tempo das vacas gordas, uma vez ou outra, sua mae trazia sopa da casa dos patrões. E assim aquele menino pequeno abaixo do peso, que os médicos deram poucos dias de vida após o nascimento cresceu e tornou um homem, por sinal um grande, musculoso e bonito homem. Mas o que seria na faculdade? Se perguntou o ver que ninguém na sala dele parecia nem um pouco consigo, quem era da favela omitia sua origem, ouvia-se histórias de férias em paris, nova york, disney, Genebra. Cada uma patricinha mais irritantes que outras usando rosa e gloss labial cheio de brilhos, perfumes enjoativos doces demais, outros cheiro de flores demais, saia curta jeans, blusas colada ao corpo. Enquanto os rapazes, futuros dono de empresa, só estavam ali quem já tinha um cargo determinado na empresa da família, jovens usando ternos, blusas sociais, carros de lixo na porta da universidade. Olhando para a sua primeira turma, Jonas pensou em voltar para casa e nunca mais retornar a aquele lugar. Todos olhavam para suas roupas surpresas, calça jeans azul e blusa branca de gola doada por algum dos patrões da sua mãe, a cara e os risos não negava ou omitiam que estavam desdenhando da aparência dele. E para piorar a situação, era o único na sala que havia levado consigo o caderno. Os olhares de repúdio apenas diminuiu, quando uma multidão veio andando pelo corredor, todos em cima da mesma pessoa, esquecendo assim, Jonas logo atrás sentado na última fileira. - É ela?- Ouviasse as pessoas perguntando na multidão, Jonas imaginou algum alienígena chegando para todos estarem tão aflitos e em cima de uma pessoa daquele jeito. - Sim é ela, nossa como é tão bonita. - Olha a pele dela, que diva! - Esta bastante bronzeada deve ter passado as férias em algumas dessas praias, Cancun, caribe. - Não acredito que eu e a Anna estamos na mesma turma. - Não querido, não é você e a Anna na mesma turma, é você na turma da Anna Mendonça. Jonas continuou sentado ouvindo as mulheres em cima das cadeiras para ver a tal da Anna, pensou em olhar a sala para saber se estava certa, o nome do professor era Marcelo, mas se fosse a tal da Anna de Cancun, ou Caribe teria que sair da sala. A multidão aumentou na porta, quando ergueu a cabeça humildemente, notou uma pequena mulher de cabelos claros, no meio da multidão, sentindo-se sufocada com tanta gente, a mulher sentou numa das cadeiras, fazendo com que Jonas lhe observasse com atenção pelo menos não usava um daqueles brilhos com cheiro doce, e brilhos por todos os lados. O cabelo loiro liso com alguns cachos, solto na meio das costas lhe fez nota o quanto ela era diferente das outras. Pelo menos a famosa também tinha levado consigo um caderno, pensou ao vê-la tirando da bolsa com muita cautela, agora pelo menos a turma estava mais tranquila, pensou consigo. Vendo todos babar pelo movimento de Anna que não demonstrava se importar com os olhares. O professor Marcelo entrou na sala, para a surpresa de Jonas era um senhor de idade, com óculos bem simples aro de ferro, as lentes fundo de garrafa. Usando uma calça marrom e uma blusa branca meio rala, os cabelos brancos. - Boa tarde Senhores e Senhoritas! - Falou o mestre no meio do salão por último olhando para Anna que sorriu levemente para o professor. Fazendo metade dos rapazes esquecer o porquê que estavam ali. Monte de babacas, nunca viram uma mina, pensei comigo vendo o professor escrever no quadro n***o. - Hum... turma cheia, muito bom.... espero que esse semestre seja muito produtivo.- Após fazer um longo discurso o professor decidiu falar que o nosso primeiro assunto séria sobre as classes sociais e as desigualdades sociais que existe na nossa sociedade, porque existe? Como surgiram? Vi o mestre sentar sobre a mesa, movimentando o giz na mão e de repente nos falar. - Excelentíssimos alunos, gostaria que alguns de vocês me trouxesse a ideia do que é classe social, porque há essas divisões, e quanto as desigualdades sociais porque ocorre? Alguém se dispõe a falar. Ninguém na turma se dispôs exceto a Anna Mendonça, que logo levantou a mão cheia de classe, jogando os cabelos loiros cacheados de um lado pra o outro. Enquanto ela falava parecendo que estava lendo uma daquelas enciclopédias grossa da biblioteca, a maioria dos rapazes suspeitavam encantados, para mim tudo que ela falava era balela, sou cria se Rousseau e nem tudo que se diz no automático do dicionário fazia sentido. Vendo que a princesa tinha terminado seu prólogo, fiz o mesmo que ela também levantei a mão no fundo da turma, fazendo o professor ajustar os óculos e olhar para mim. - Muito obrigado Anna por suas contribuições.- Ela sorriu e ele apenas voltou dia atenção para mim.- Quem é você meu jovem? - Me perguntou meio cabreiro. - Sou o Jonas da Silva, Professor, calouro do curso de economia. - Perfeito Jonas que maravilha! Seja bem vindo ao curso, quais suas contribuições hoje para nossa aula? Ajeitei a blusa meio nervoso, sentir o olhos verdes da Anna em mim. -Bem professor, segundo Rousseau a desigualdade surge quando alguém cerca um lote de terra e diz “isto é meu”. Em razão disso, outros homens são levados a fazer a mesma coisa e se reúnem ou associam-se para poder usufruir daquilo que a terra pode lhes oferecer. Mas com isso também se cria um modo de sobrevivência organizada que exclui grande parte dos homens dos benefícios da natureza. Agora, desprovido do seu alimento e de sua liberdade, por causa da instituição da propriedade privada, o homem torna-se subordinado daqueles que a detém. A propriedade faz perder a liberdade natural. Vi o professor continua me olhando sério, juntamente com a Anna que tinha quase certeza que não estava entendendo nada do que eu estava dizendo. Parei de falar achando que falava besteira e que não tinha nada haver com o contexto da aula. - Você é estudante de Rousseau, é... Jonas é isso mesmo?- Assenti para as duas perguntas, ele se levantou da mesa andando de um lado para o outro. - Pois bem Jonas, muito grato por sua explanação sobre o filósofo iluminista. Confesso que você me surpreendeu, por favor na próxima aula sente-se aqui na frente, quero mais a sua participação. Sentei na cadeira ainda sentindo minhas pernas bambas, os olhos de alguns colegas sobre mim principalmente o da Anna fixos no fundo. Ajeitei o colarinho da camisa, com certeza não lhe usaria mais para a aula, sua mãe era péssima conselheira nessas escolhas. - Pessoal vocês conseguiram entender através da explicação do Jonas o que é e como ocorre as desigualdades sociais no mundo? - Sim.- Ouvi a maioria dizer meio que cansados da aula, o professor deu uma explicação e eu vi a Anna levantar a mão novamente, o professor nem havia pedido pra ela falar sobre o assunto. - Eu não concordo que há desigualdades sociais por causa do acumulo de riquezas apenas para poucas pessoas, o dinheiro está aí basta só trabalhar e consegui, mas acredito que tenha uma cadeia a ser seguida, primeiro a gente estuda depois a gente trabalha e faz o que tem que fazer mesmo. - Suspirei fundo, vi os olhos do professor escorregar dela para mim no fundão da sala, como se me suplica-se por socorro, ou eu estava me achando demais para pensar isso. - O que faz pensar isso, senhorita Anna?- Vi ele perguntar para ela, fazendo a mulher se remexer na cadeira. - Não acho, é o que vemos todos os dias por aqui, as pessoas deixam de estudar ainda crianças para brincar nas ruas, hoje mesmo antes de vir para a faculdade encontrei crianças brincando no sinaleiro, atrapalhando o trânsito pedindo dinheiro fazendo equilíbrio, acredita? O professor continuou olhando sério para ela, depois para mim. - Entendo, claramente seu ponto de vista Anna. - Agoniado levantei fazendo o professor arfar na hora. - Por favor Jonas fale, faça suas contribuições. Levantei novamente, dessa vez com o bofe inflado. - Não concordo com o ponto de vista da colega.- A maioria da turma me olhou de cima a baixo, eu entendi alguns olhares, me perguntando quem era pra discordar da Mendonça. - A pessoas simplesmente não deixam de estudar porque querem, a maioria não tem nem mesmo acesso a educação... - Ela me interrompeu vindo em minha direção. - Mas educação é gratuita, todos podem ir a escola, o governo dá educação de qualidade para todos, meu pai faz até doação pra isso. Perguntei tampando os p****s dela. - Mas entre comer e estudar o que você escolheria? Sabia que a maioria das crianças não tem o que comer em casa, alguns perdem os pais ainda bebês e tem que se virar na vida, na próxima vez que você passar e ver as crianças "brincando no sinaleiro" pergunte se elas já comeram hoje? Se tem o que comer amanhã?- Ela me olhou revoltada. - Há muitas pessoas que não tem a opção ir para a escola, mesmo que o ensino seja gratuito, mesmo que tenha, não tem transporte gratuito, não tem o que comer em casa, é panela vazia no fogão, prato vazio na mesa. São diversos fatores que contribuem para a pobreza no país. Vi de perto, a mulher levantar o dedo para mim tentando mudar o rumo da discussão. - Muito bem, obrigado senhores, Anna por favor pode retornar para seu assento por favor.- O professor a interrompeu, fazendo com a mulher ficasse sem jeito na minha frente e com classe em cima dos seus saltos, retornou para sua cadeira ficando atenta a explicação do professor sobre as desigualdades sociais no Brasil. Quando terminou a aula tinha gostado bastante da minha primeira aula, pelo visto a faculdade não seria tão chata como imaginei, quando estava saindo o professor me chamou, e eu fui até ele. - Jonas, muito bem, confesso que me surpreendi com sua participação na aula de hoje espero que continue assim, tem certeza que é primeiro semestre.- Assenti.- Que maravilha! Quer participar do meu grupo de estudos, pretendo fazer um projeto no futuro sobre o tema abordado hoje e você foi muito bem pra começar. - Obrigado professor, vou participar sim, gosto do tema.- Ele sorriu tocando nos meus ombros saímos juntos da sala, no corredor encontrei novamente a Anna com uma dúzia de garotas alisando seu cabelo loiro, ela me olhou cautelosamente de cima a baixo, e eu como filho de dona Vera, olhei de volta para ela as garotas cochicharam algo entre elas, mas a loira continuou me olhando sem se importar. Mas eu tava com fome e como era o primeiro dia de aula minha mãe me disse pra não levar lanche de casa, novamente a dona Vera dando uma de conselheira, me deu dois reais pra comprar um lanche. Olhei para os lados, não vi ninguém vendendo nada, que d***a! Pensei comigo, ia ter que ficar com fome até chegar em casa. Quando cheguei em casa, voltei as minhas atividades normal, lavei os pratos, joguei no meu Playstation e como sempre esperei a tia Adri, passar com suas empadas deliciosas, hoje eu tava numa fome de dinossauro, até que fim escutei seu grito milagroso. - Olha a empada, empada de frango, de bacalhau, olha a empada. Comprei 6 empadas fiado e quando vi a tia se afastar, lembrei o motivo porque eu tava com tanta fome, na faculdade não vendiam lanches. p***a que raiva disso, peguei um busão numa fome da gota, cheiro de suor para tudo que é lado, pense numa cara f**a sou eu com fome, tinha até umas novinhas me olhando no busão, mas eu pulei fora, não queria conta, m*l dava pra mim manter e as novinhas só quer saber de n***o de fuzil na mão, e se eu sonhar com um desses a dona Vera me acabar. Sentei no sofá devorei minhas empadas em dois minutos, minha mãe diz que o melhor tempero é a fome, e é verdade, pense numa fome retada. Enquanto comia pensei o que o povo da faculdade acharia da minha vida, logo que a maioria tinha ido para Disney, e outros cantos do mundo, podia até achar r**m minha vida, mas tinha suas coisas boas, não podia negar e coisa melhor era as empadas da tia Adri. Levantei correndo do sofá, vi ela na casa da Dona Conceição ainda tinha 4 na vasilha. - Vai dizer que quer comer de novo, Jo?- Pra quem não sabe Jo é o meu apelido no bairro, apesar de todos ouvirem minha coroa me chamar se Jonas esclarecendo todas as letras, se ouvir chamar Jo, sou eu. - Não tia, a conta já tá no limite a dona Vera me pega se eu esgotar, tô pensando em se a senhora podia me ensinar a fazer essas empadas...- Vi a mulher me olhar de cara f**a, e de sobrinho passei a ser o inimigo mortal dela. - Mas não é pra vender aqui não, é lá na faculdade eles não vendem nada por lá e eu tava pensando em...- Ela sorriu mostrando os dentes amarelos.- Me ajuda a terminar de vender aqui e vamo lá pra casa. Logo que era pra ajudar a vender peguei o vaso na sua mão, sair andando pela rua e em dois minutos o cebola e o linguiça já estava brigando para rachar a quarta empada. Olhei para a tia Adri que sorriu pra mim.- Você não é brinquedo não, viu Jô.- Passou a mão no meu ombro, fomos andando para seu barraco, e quase caí de costas quando entrei na casa, bem arrumada uma televisão grande, rádio, Playstation, tapete no chão, tudo no lugar. - Tu veio pra aprender a fazer empada ou pra olhar minha casa?- A tia gritou me vendo paralisado com tudo que estava vendo ali. - Quê isso tia? fazer empada, quero ajudar a coroa nas despesas.- A mulher seguiu pra cozinha e eu a acompanhei. Chegando na cozinha sentamos perto de uma mesa, depois de ela foi preparando a massa, me ensinou a colocar nas formas, ajudei a desfiar o frango, aprendi a refogar no tempero, aprendi a fazer também de bacalhau, e depois de duas horas tínhamos dois vasos de empada na nossa frente e eu me segurei pra não comer tudo aquilo. Quando estava saindo, encontramos minha mãe chegando a sua casa bastante alterada tomei dois petelecos na cabeça e após a tia explicar o que eu tava fazendo a mãe felizmente parou de me bater, segundo a dona Vera, eu posso ter mais de 60 anos enquanto morar em sua casa debaixo do seu teto eu tenho que fazer o que ela quer, e do jeito que ela quiser, e se vacilar apanho até fora do nosso barraco. Ou seja, tudo isso pra dizer que eu não posso sair sem sua autorização tampouco vender empadas na faculdade, estou lá para estudar e não para fazer dinheiro, enquanto chegava em casa ouvir a minha mãe reclamar até dormir, ela só não sabia que dessa vez eu ia desobedecer ela, com a ajuda da tia Adriana. Na manhã seguinte, acordei cedo minha mãe já não tava mais em casa, passei na tia peguei minha tapwer de empada, como tava apenas começando levei só 50 unidades, assistir minha aula sentindo aquele cheirinho gostoso ao meu lado, me segurei pra não comer nenhuma, a tia me disse pra vende a 1,00 cada uma, mas como todo mundo ali era barão, pensei em vender 2,00. Logo chegou a hora do intervalo, peguei a mesa da sala, sentei na saída da sala no início o povo passava e me olhava torto, me senti um esmoler pedindo dinheiro. E quem menos eu esperava veio de lá da outra turma, a tal da Mendonça, sai fora patricinha, hoje eu não tô pra te ensinar nada não, pensei consigo vendo a loira se aproximar. Ela olhou pra mim muito séria.- Vendendo na faculdade calouro?- Depois sorriu esperando que eu caísse aos seus pés. - Sim, nem todos nascem com a b***a virada pra lua não é?- Ela jogou o cabelo pra trás, cheiroso a maçã verde. - E é o quê que você está vendendo?- Destampei o tapuwer chique da tia, fazendo o cheiro subir na hora, ela olhou para as empadas. - Parece bom o que é isso?- Sorri como alguém não conhecia empadas, mas como era uma dondoca, podia relevar né. - Empadas de frango e bacalhau, quer provar?- Vi a loira olhar para mim um pouco receosa.- E se isso me fizer m*l? Peguei e coloquei na sua mão, sendo bastante grosseiro, eu comia aquilo desde sempre nunca me fez m*l quem ela pensava que era. - Apenas come e me diz.- Ela olhou para a empada, as outras garotas ficaram olhando do lado do corredor. - Não, desculpe eu não vou comer isso. Olhei para ela já chateado se não ia comer pra que veio até aqui.- Ah você vai, essa é de graça, patricinha, pode comer não está envenenado. Ela sorriu parecendo aborrecida. - Se não comer tenho certeza que é uma covarde, burguesa. - Desafiei, fazendo ficar vermelha - Eu não sou burguesa, nem covarde, tampouco patricinha.- Vi a loira batendo o pé com seu salto de madeira, mordendo a empada com o máximo cuidado, se desfazendo em seus lábios rosa, ela mastigou devagar, terminou de comer depois me olhou um pouco mais séria. - Quero mais duas.- Olhei para ela, até que era bonitinha a burguesa. - Mas agora eu não posso continuar te dando, minhas empadas é dois reais. - Ela esticou uma das mãos para as meninas atrás dela, as outras garotas se aproximaram lhe deram uma bolsinha rosa, vi a mulher dez reais de plástico na bolsa colocar sobre a mesa, peguei as empadas e lhe entreguei, mas estava sem troco. As outras vendo-a devorar a empada, pediram cada uma delas duas, e num instante vi uma pequena multidão formar perto de mim querendo mais empadas, pense num marketing mulher, pensei comigo enquanto vendia a minha última empada, ouvindo pedidos para o dia seguinte. Voltei pra casa com o tapwer chique da tia vazio e com cem reais no bolso, dividimos o dinheiro, e pela primeira vez tinha certeza que podia ajudar em casa enquanto estudava, de tarde ajudei a tia fazer as empadas, dessa vez fizemos cem, tinha certeza que ia vender todas elas. Quando minha chegou não suspeitou de nada, conversamos sobre a aula e sobre o trabalho dela depois de estudar fui dormir feliz.

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