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O Acordo

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Blurb

Lena Grace Solutt sempre foi uma criança doce, obediente e devotada aos pais. Isso até uma grande tragédia se abater sobre sua família e fazê-la ficar afastada da sociedade até completar sua maioridade. Assim que volta à vida e à cidade que cresceu, conhece e se envolve com Graham, um homem bondoso que a ajuda a reconstruir sua vida. Muitos anos passam, até o momento que ela comete um grande erro em nome do sentimento que tinha por ele. Novamente é forçada a se afastar, mas se vê destinada a sofrer as mesmas consequências que destruíram sua família, e foge. Desta vez, porém, Graham não está lá para ela. Ele sumira. Lena terá de provar que estão cometendo uma injustiça e, para isso, contará apenas com a ajuda de um carro roubado e de um homem completamente diferente dela.

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Surpresas
P.D.V: Lena Meu corpo se inclina para frente conforme o carro freia e depois volta a encostar no banco. Olho para fora da janela à direita. Lá está uma loja de guloseimas e lanches enfeitada com corações e flores para o Dia dos Namorados que se aproxima. À minha esquerda, no volante, está Graham, guardando a chave do carro. – Aqui estamos. – diz ele. Eu apenas balanço a cabeça. – Está com medo? – Graham pergunta-me. – Não. – respondo com sinceridade. – Apenas acho injusto fazer isso. – Só assim seremos livres. Poderemos nos casar.  Ele sorri e eu acabo sorrindo também, um pouco mais fraco do que eu gostaria. – Você precisa entrar e assaltar essa loja. – ele segura meu queixo com o polegar enquanto fala tranquilamente. – Com o dinheiro viajaremos para sempre. Penso sozinha se uma pequena loja de lanches nos daria esse dinheiro todo. Na verdade, eu não quero fazer isso. Não quero virar uma marginal de pior espécie. Mas durante todos esses últimos minutos na estrada, eu não achei outra saída para nós. Estávamos sem nenhum dinheiro e a vida nesse maldito estado da Califórnia já não me agrada em nada. Precisamos mudar de rumo, e bem rápido. – Não quero ferir ninguém. – admito enquanto fito Graham. – E nem vai precisar fazê-lo se agir como combinamos. – ele responde tentando me tranquilizar. Em vão. Olho para baixo. Está difícil disfarçar que eu estou nervosa. Nervosa, não com medo. Só me faltava ter um dos meus ataques agora. – Vamos, Lena. É a garota mais corajosa que conheço. Levanto meu olhar com o sangue fervendo. Ele tem razão. Sou corajosa. Já passei por coisas muito piores do que um pequeno roubo. Não posso continuar atrasando minha vida por culpa dos meus sentimentos inúteis. Eu tenho que continuar. – Tem razão. – eu disse, sorrindo em seguida. Me inclino sobre Graham e aproximo meus lábios dos dele. – Estarei bem aqui te esperando. – garante-me. – Já volto. Graham sorri satisfeito e me dá um beijo na boca. Me sinto energizada.  Saio do carro. Ajeito meu capuz e checo minha arma enquanto atravesso a rua e caminho até a entrada da loja. Tudo está do jeito que preparei. Empurro a porta de vidro e finalmente entro. Tem apenas duas pessoas comprando. Não sei se isso é bom; talvez sim, menos testemunhas. À esquerda, uma mulher loira e gorda lixa as unhas enquanto espera pelos clientes no caixa. Ela olha pra mim e sinto um frio na barriga. Merda, não posso ficar nervosa de novo. Decido não assaltar imediatamente como tínhamos pensado. Vou dar uma volta pelos corredores. Olho alguns doces e bolos confeitados, com desenhos românticos e I love you escrito com chocolate, ao lado de embalagens para presentes. Não é uma boa ideia afinal, me faz lembrar de coisas que não gosto. Mudo de ideia novamente, e me dirijo até o caixa. – EU QUERO O DINHEIRO TODO! – grito enquanto rapidamente saco o revólver e aponto para a loira.  Ela fica imóvel, os olhos arregalados quase saltando para fora. Grito novamente para apressá-la e, surpreendentemente, ela não recolhe o dinheiro, mas aperta algum botão escondido. As lâmpadas e luzes das máquinas se apagam. Ela se joga no chão, os dois clientes também. E fica somente eu, perdida e assustada, olhando para os lados pensando no que aconteceria.  De repente, ouço um ruído que começa distante mas fica cada vez mais alto. São sirenes. Sirenes de polícia. Que botão era aquele que ela apertou? Eu ajo. Pulo sobre a caixa registradora e a abro com força. Começo a recolher todas as notas que lá estão, amassando-as em minhas mãos. E é muito dinheiro. Graham tinha razão, iríamos nos casar e viajar para sempre. Subitamente ouço um estrondo. Olho para trás e meu coração gela. São dois policiais armados.  – PARA AGORA OU VAMOS ATIRAR! – urra um deles. Eu não posso ser pega. Não agora que estou tão perto! Eu fujo. Pulo novamente sobre a caixa e corro até a porta de emergência nos fundos, que felizmente estava aberta. Corro cada vez mais rápido e saio numa rua deserta e sem saída lateral, apenas com uma enorme vegetação de folhas e árvores sombrias à frente. Pra onde eu vou agora? Enquanto eu estava parada pensando, os dois policiais voltam a se aproximar. – Vamos atirar! É melhor se entregar! – gritam. Corro novamente. Não tenho alternativa e vou em frente, entrando naquele monte de árvores escuras. Ouço o primeiro disparo e me desespero. As notas caem todas das minhas mãos, e decido abandoná-las. Eu não queria roubar mesmo. Que se dane o dinheiro, minha vida que importa agora. Mesmo não voltando para recolhê-las, os policiais continuam disparando. Começo então a escalar um pequeno relevo sujo, me agarrando nas plantas presas na terra, até que, num impulso, caio do outro lado. Levanto-me rapidamente e me afasto dali, chegando numa estrada deserta. Encontro uma barraca amarela rasgada, provavelmente de algum viajante que a esqueceu. Entro ali e me escondo. Alguns minutos se passam. Minutos silenciosos. Não ouço mais tiros, sirenes ou passos. Nada. Apenas meu coração batendo forte e minha respiração acelerada cada vez mais difícil de controlar.  Mais longos minutos se passam, talvez uma hora. Ninguém aparece e eu fico mais calma. Logo iria anoitecer e ficaria frio. Meus pensamentos chegam cada vez mais à mente e me confundem. Onde eu tinha errado? Onde estava minha arma? E, principalmente, onde estava Graham? P.D.V: Gabriel Faz tanto tempo que não venho para a Califórnia! E fico feliz por finalmente voltar para ajudar um amigo antes de me casar. É tipo em um filme em que o noivo passa por uma grande aventura antes do casamento e percebe que nada era o que ele queria de verdade. Mas comigo será diferente, porque com certeza irei me casar com Erika. Só consigo pensar no dia em que a chamarei de esposa. Ela já está no hotel me esperando. Tive que ficar mais alguns dias em Nova Iorque com meus pais para recolher todos os arquivos para iniciar a investigação com Mike, meu melhor amigo. Ele é um delegado muito competente, mas adoramos trabalhar juntos e como esse é meu último trabalho antes da lua de mel, decido fazer com ele na cidade dele. E resolvi trazer Erika junto para fazê-la relaxar. Anda tão estranha. Deve ser o casamento que está chegando.  – Pronto, senhor. – diz o motorista do táxi enquanto estaciona na frente do hotel. E que hotel! É largo, cheio de janelas espelhadas e sacadas de ferro forte. Vários carros de luxo estão parados e tem funcionários com luvas brancas para abrir a porta e recolher a mala dos hóspedes que chegam. Deve ser um dos hotéis mais caros da região. Não sei porque Erika sempre os escolhe quando viajamos. – São trinta dólares. – retoma o motorista. – Quer ajuda com a bagagem? – Não. – respondo enquanto abro a carteira e lhe pago com cinquenta dólares. – Muito obrigado, fique com o troco. – Obrigado, senhor. Saio do carro e vou até o porta-malas. Retiro minhas duas bagagens, uma para roupas e outra para minhas coisas da polícia, e adentro no hotel. A recepção me parece ainda mais chique. Se não fosse por Erika, estaria em qualquer outro lugar, uma pousada. Faço o check-in e rapidamente subo para o mesmo andar que minha noiva. Estranhamente ela escolheu um andar que não tem quartos de casal. Estou no 35, ela no 38. Tenho tanta saudade dela que vou direto ao 38 e bato na porta.  – Quem é? – ela pergunta. Eu rio. Quem ela acha que seria? – Meu amor, sou eu! – respondo.  – Ah, Gabe, já chegou! – Posso entrar? – Só um minuto! Coloco minhas malas no chão e me ajeito para ela. Tiro minha touca, passo a mão pelos cabelos e tiro um pouco da poeira do casaco. Ao mesmo tempo que ouço um barulho estranho vir de dentro do quarto, a porta se abre e Erika aparece pra mim. Seus cabelos loiros estavam soltos e desarrumados do jeito que eu gostava. Ela usa um roupão branco que vai até os joelhos e está descalça. Antes que possa analisar mais alguma coisa, ela me abraça. – Chegou mais cedo, meu bem. – ela fala no abraço. – Horário previsto! – respondo enquanto me aproximo e a beijo nos lábios. – Em qual quarto está? – ela pergunta antes de sorrir pra mim. – Trinta e cinco. Por que escolheu esse andar com quartos separados? Ela se afasta e fica de pé na frente do armário. Está agindo estranho, da mesma forma que estava antes. Me parece que não sente tanta saudade assim de mim, pelo menos tão tanto quanto eu sentia dela. – Vai lá guardar suas malas para podermos conversar melhor. Ela não responde porquê escolheu esse andar. – Tudo bem. – eu concordo e me dirijo para meu quarto. Abro a porta com a chave, dou uma rápida olhada nos móveis e nas janelas. Tudo organizado. Coloco as malas sobre a cama, encosto a porta e volto para o corredor. A porta do 38 está fechada de novo. Dessa vez não bato, e entro sem avisar. Aí acontece o flagrante. Erika está nos braços de outro homem. Olhando bem, é seu primo, Paul. Eles estão se beijando, ela com os dois braços sobre os ombros dele, ele a segurando pelas costas. Eu fico em choque, sem ação. Paul abre os olhos, me vê e afasta Erika de si, que fica de frente pra mim e arregala os olhos. Agora tudo me parece tão óbvio. Por isso que ela estava estranha, por isso escolheu quartos separados. Era por isso que usava apenas um roupão. A porta do armário estava aberta, a cama com os lençóis bagunçados. Eu sendo traído esse tempo todo. – Gabe, me deixe explicar. – ela pede. – Não quero saber. – Ele me agarrou! — grita. Olho para Paul. Seus olhos brilham, e eu posso quase ver um sorriso em sua boca. Não parece querer esconder a verdade. – Me deixa em paz, Erika. – me viro para ir embora. – Espera! – ela vem atrás de mim e me segura. – Preciso te provar que o quê aconteceu aqui não é o que está pensando. Ele invadiu meu quarto e me agarrou! Eu não reajo. Nem a olho. – Acredite em mim. – pede mais uma vez. Ela mentiu não só para seu noivo, mas para um delegado. Não acredito em nada. Me solto dela e ando com raiva pelo corredor. Desço pelo elevador e saio do hotel. Está escuro, a noite é um breu. Uma chuva fina cai. Não quero voltar pro hotel, não quero pensar no que acabei de ver. Na verdade, só quero esquecer tudo. E acho um lugar perfeito para fazer isso.

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