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Abismo

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Diná é uma garota que está tentando se m***r, mas é impedida por John, um desconhecido que acaba se tornando seu amigo de morte. Os motivos para que ela queira se suicidar parecem ridículos, afinal, que sentido faz querer morrer por uma paixonite aguda? Mas aos poucos, John descobre que ela guarda muito mais segredos e traumas, assim como ele. Ambos passam a tentar sobreviver à loucura da vida juntos e nesse tempo acabam se apaixonando antes que Diná perceba que não quer morrer de verdade e a vida comece a cobrar o preço de suas escolhas.

Capista: Karine Duque (insta: @apenas_kaari)

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Morrer ou não morrer?
ALERTA A GATILHOS!!! "Ser ou não ser?" Algum personagem de Shakespeare, do qual não lembro o nome, disse e eu realmente gostaria de saber o que o próprio Shakespeare estava pensando ao escrever isso. Quero dizer, eu só posso escolher ser ou não ser? Não há um meio termo? Se não, é uma pena. Acho que a vida é feita de meios termos. Existe um poema ou uma prosa, não sei ao certo, que fala sobre o conforto de sempre estar em cima do muro, nem de menos nem demais, o meio termo é o ideal. Não lembro quem disse isso, na verdade, não tenho certeza se alguém realmente disse ou se estou criando teorias infundadas. Minha memória nunca foi boa, deve ser por isso que não sou inteligente. Não deve ser só por isso que ele não ficou comigo, mas tenho certeza que foi um dos motivos. Subi sobre o beiral da ponte e em vez de olhar para o lago abaixo, olhei para o céu. O fim de tarde estava lindo. Perfeito para morrer diante dele. Seria histórico. Talvez não lembrassem meu nome ou alguma característica minha, mas seria impossível esquecer da garota que se suicidou em pleno pôr-do-sol de junho. "O corpo dela fez ploft quando caiu na água." Alguém diria só para ter o que falar com os repórteres, mas ninguém lembraria que daquela altura nem daria para ouvir o som do meu peso mergulhando na água e agonizando até definhar. Papai demoraria a encontrar minha carta de despedida. Provavelmente ele encontraria meu corpo primeiro e só depois da autópsia que ele descobriria que eu era eu. Mamãe descobriria assistindo ao noticiário se ousassem falar sobre isso, se ela estivesse assistindo TV no momento certo e se ainda se lembrasse de mim. Eram muitos se’s para criar alguma verdade. E ele... Ah, ele veria quando fosse checar os emails, talvez a caixa de spam, porque provavelmente eu cairia como um spam e seria excluída automaticamente. j**k Parker talvez nunca se perdoasse por não ler aquele email a tempo. Esse seria o único sentimento que eu poderia causar. Um sentimento póstumo. Minha figura póstuma seria lembrada, mas a Diná viva seria esquecida aos poucos do mesmo jeito que as pessoas esquecem os aniversários de vida, mas nunca perdem os cerimoniais de morte. Respirei fundo e abri os braços, a brisa forte batendo em meu rosto causava uma sensação boa de adrenalina e medo. Acho que o ser ou não ser cabe neste ponto. Ser arrastada pelo abismo da morte ou permanecer no abismo da vida? A morte é um grito de silêncio. A vida te dá voz, mas te silencia ao mesmo tempo. Morrer ou não morrer, eis a questão... Morre-se de todo jeito. Às vezes o espírito já morreu e a carne continua viva. Preparei-me para escolher o meu abismo quando um barulho atrás de mim me chamou atenção. Um motoqueiro parecia ter atropelado uma pessoa. O culpado fugiu e a vítima continuou estática no chão. Não havia alguém para ajudá-lo. Talvez ele também já estivesse morto mentalmente. Assustada com o que tinha acontecido, desci da ponte e corri até o garoto no chão. Mas antes de cutucar o possível cadáver liguei para a emergência. Deveria ter visto a placa da moto do culpado! — Alguém pulou da ponte... — O garoto sussurrou ainda de olhos fechados. Olhei ao redor, mas estávamos sozinhos. Havia apenas alguns carros passando na outra pista. — Você está bem? — Perguntei observando os arranhões em seus braços. — Minha cabeça dói. — Respondeu. — Já chamei a ambulância, mas é melhor você não se mover. Quer que eu ligue para alguém? Seu responsável? — Já sou maior de idade. — Disse. A ambulância chegou alguns minutos depois e contei o que havia acontecido, mas acabei indo como acompanhante do garoto, porque não havia mais ninguém. — John Cookie, foi só um susto. — O médico estava dizendo quando voltei da cantina. — Precisaremos fazer um raio X do crânio para saber se o acidente causou algum dano maior. — Tudo bem. — O tal John disse, olhando ao redor como se procurasse por algo. — A moto não me pegou,  mas caí quando me desviei dela. — É bom olhar para os lados da próxima vez. — O médico advertiu e concordei mentalmente. — Sim, eu sei, mas havia alguém tentando pular da ponte e eu só corri até lá... — Sua voz se cortou quando nossos olhos se encontraram. — Você! Você é a garota da ponte! Engoli a seco. Não sabia que alguém estava me observando. Não sabia que alguém quase morreu para tentar me salvar.  

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